sábado, 14 de março de 2009

Sean Eastwood.















Em umas das primeiras cenas do filme (não me recordo exatamente qual, mas acho que é quando ele está cortando seus cartões de créditos e fazendo a doação das suas economias) aparece na porta do guarda roupa de Chris uma clássica foto do personagem criado por Clint Eastwood nos westerns da década de 60, um andarilho solitário, sem nome, sem dinheiro, sem documento, sem passado, sem nada além de uma forte personalidade criada pelo meio Western americano do século passado em que vivia, aliada a sua moral e um forte instinto de sobrevivência... e no decorrer do filme eu não parei de relacionar as provações do já Alex Supertramp com o "Homem sem Nome" (Clint Eastwood).

No começo da jornada de Alex, seus preceitos e ideais acho que que erão exatamente esses, de abstenção do seu passado, de um comprometimento apenas com o meio que agora ele vivia, tudo em busca de uma provação estritamente pessoal. Acredito que sua meta era algo como atingir o "Homem sem Nome" de Clint, alguém guiado apenas por seus instintos, e apredizados VIVIDOS por ele apenas consigo mesmo, sem inteferência de qualquer conduta que não fosse a própria, e longe de qualquer hierarquia familiar, política, ou a que seja. Uma busca de felicidade por si só.

Mas com o passar do filme, Alex vai encontrando pessoas no seu caminho, com as quais ele compartilha muitos momentos, dos quais acredito que sejam os que ele realmente encontra felicidade, como a cena que ele está no mar com Jan (das partes mais bonitas), quando ele encontra o casal com os cachorros quentes, quando ele arruma um emprego na colheita, quando conhece o velhinho e o convence a subir a montanha com ele ou quando está com a "joni mitchell" =P.

A frase que ele escreve no livro no final do filme ("Happiness only real when shared") pra mim foi o melhor desfecho, e a maior prova de que por mais que o personagem de Clint seja inspirador e instigante, para qualquer pessoa, principalmente um quase adulto recém formado é algo unicamente fictício e fantasioso, assim como o Super-Homem, tem um momento em que Alex fala "Não sou o SuperMan, apenas o SuperTramp". Acredito que Chris realmente só encontrou felicidade nos momentos que a compartilhou, exatamente como na sua visão do final, em que ele volta para a família, e fala lá deitado no trailer algo como: "ninguém mais está sentindo isso que eu sinto".

Pois bem, achei esse filme FANTÁSTICO. As paisagens e diálogos são memoráveis, Sean Penn mostrou que vai muito além de um ótimo ator. Esse daí sim segue os passos do Clint Eastwood (mas agora o da vida real, hehe) e como o Clint, provou que trabalha tão bem por trás como frente as câmeras.

Ah, e como se não bastasse, a trilha de Eddie Vedder é impecável.

NOTA 10! x]

Um comentário:

Nathália. disse...

Eu sei sim o futuro que tu tem nas mãos. haha

Já tá adicionado aos favoritos, rapha! beijo :*