quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

#2

Black Coffee, Ella Fitzgerald

Ontem, minha namorada ganhou dois convites para a pré-estreia do tão aguardado novo filme de James Cameron, aquele diretor que criou os clássicos jargões, "Hasta La Vista Baby!" e "I'm The King Of The World!". Avatar foi o filme.
Não vou negar que eu, como um fã de filmes de ficção científica, me diverti bastante assistindo a todas aquelas máquinas futurísticas, o seres azuis estranhos e os comentários de desdém para com o filme da minha namorada ao lado. Mas foi só isso. A "novidade" que, particularmente, estragou parte da minha experiência de assistir Avatar, foi o tal recurso 3D, além do filme ser dublado. Dispenso completamente essa nova invenção.
Mais ou menos na metade do filme, eu já estava de saco cheio daqueles óculos e rezando para que trocassem o rolo na sala de projeção por algum outro filme empoeirado que estivesse no canto da sala. Imaginei que tiraria os óculos. Que a imagem ficaria preto e branco. Que eles colocariam Vertigo de Hitchcock. Seven Years Itch de Billy Wilder. Imaginei Humphrey Bogart. Ingrid Bergman. "We'll always have Paris". Um cigarro depois que o filme terminasse. Usar um chapéu. Imaginei tomar um café preto. 1950. Ouvir Black Coffe de Ella Fitzgerald. Um gramofone. E sonhei ter nascido 60 anos atrás, onde nenhum desses recursos 3D, nem grandes efeitos especiais seriam o fator principal para lotar uma sala de cinema.

Clique aqui e acompanhe também as 31 canções de Nathália Maria.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

#1


Close to Me, The Cure

Não a original do "The Head on the Door" de 1985, mas sim a da fantástica coletânea lançada logo depois em 1986, "Staring at The Sea". Nada muito diferente, apenas uns metais foram adicionados na versão da coletânea. Escolhi essa por que foi a primeira faixa que coloquei do disco sorteado, quando liguei o som do carro, sábado, 12 de dezembro, voltando da última prova da faculdade, ou seja, entrando nas tão almejadas e merecidas férias acadêmicas. E é com as palminhas ritmadas, a escaleta, a flauta e os "pan pan pan pan pan pan" de Robert Smith que começo esse projeto das 31 canções e dos 31 dias de "pernas pro ar".

vide blog de Nathália Maria e acompanhe também as suas 31 canções.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

31 canções e "minhas férias".


Projeto idealizado por Nathália Maria, idéia retirada do livro "31 Canções", de Nick Hornby.

É o seguinte, à partir de hoje, teremos que postar sobre 31 canções durante toda as férias. Achei a melhor idéia do verão. Sempre tive vontade de achar minhas redações da 1ª, 2ª, 3ª série, entituladas "Minhas Férias", aquelas que você conta que quase se afogou na piscina do clube, que quebrou o dente jogando bola ou que seu cachorro matou um pombo na sua frente, coisas mais ou menos banais, mas que tornam-se até interessantes quando lidas alguns anos mais tarde e por se passarem no período das Férias. Então, todo esse projeto vai ser mais ou menos como voltar 10 anos atrás e escrever uma redação desse tipo. Cada situação, cada momento, por mais besta que seja, vai ser relatado aqui, se por sua vez ele me remeter à alguma canção. Vai ser algo que, talvez daqui a uns anos, eu dê mil cheiros na minha namorada por ela ter inventado essa história. Pois imagine comigo, nas férias de, vamos ver 2019, eu resgate esse projeto e relembre todas as canções que embalaram as férias de 2010, por conseguinte todas as situações, os filmes que assisti no cinema, as viagens que fiz, os pombos que morreram e os dentes quebrados. E Salve a minha futura nostalgia.
Porém, acredito que o período vá se estender um pouco além do planejado, contando que começando de amanhã, 14 de dezembro, teriamos que fazer uma média de 0,62 canções por dia até 31 de janeiro, coisa muito difícil quando se tem um estágio todas as tardes e uma namorada que seja bonita demais, o que faz você querer gastar todas as horas com ela. Mas mesmo que se estenda até o próximo Natal, vamos começar.

Primeira canção será postada amanhã, dia 14 de dezembro.
A idealizadora do projeto e namorada, também está participando disso.
Vide http://dobrandoavidaemflor.blogspot.com e confira lá também.

domingo, 8 de novembro de 2009

you can feel it all over.

Steveland Judkins Hardaway, está de volta com tudo.

Desde que escutei pela primeira vez o Innervisions de 73, há uns 4 anos atrás, numa festinha de sábado na casa de uma amiga francesa, que transformei Stevie Wonder no meu mártir musical e meu artista favorito. Discutir as qualidades de seus albúns e da excepcional competência de Stevie é chuver no molhado. Que ele é indiscutivelmente um dos artistas mais completos e talentosos da música no mundo, e na minha opinião o mais, todo mundo já está careca de saber, principalmente sobre a minha opinião. O que eu vou aqui é relacionar acontecimentos recentes com o resgate do "Little" Stevie.

De umas semanas pra cá muitas coisas boas tem acontecido. Na verdade, todas elas estão relacionadas a apenas uma coisa só. Uma única pessoa. Paralelamente a isso, resgatei meus discos de Stevie Wonder, inclusive uns que tinha escutado e não prestado a devida atenção e uns que nunca tinha ouvido também. Pois é, eu estou novamente impressionado com um artista pela segunda vez, assim como aconteceu com Peter Gabriel no post passado, mas dessa vez é mais intenso. Bem mais.
Essa sensibilidade que estou com os discos de Stevie Wonder é certamente devido a essa pessoa. E que ela nem esteja muito aí pra Stevie e prefira John Mayer às vezes, isso não é muito relevante. O que importa nessa história toda é o quanto que as músicas de Stevie Wonder estão me fazendo bem ultimamente, são como um alimentozinho para as coisas boas que estou sentindo de uns dias pra cá, um catalisador de sentimentos bons, apenas os bons.
Um mar de boas vibrações é um disco de Stevie Wonder, já pelo título algumas músicas já se entregam, "I Love Every Little Thing About You", "Happier Than The Morning Sun", "Bird of Beauty", "Smile Please", "Isn't she Lovely", "You're the Sunshine of My Life", "Sugar".
E trechos, "Until the trees and seas just up and fly away, i'll be loving you always", "If there's seven wonders of the world, then i know she's got to be number one", "you're the apple of my eyes", "You can feel it all over". Essas coisas quando ouvidas e cantadas funcionam tão bem, ou até melhor, que qualquer sessão de Ioga, qualquer massagem, ou qualquer livro de Krishna.

Então é isso. Nem as melhores frases dos biscoitinhos do China in Box, nem as melhores sortes do orkut, nem os melhores mapas astrais acertariam o que são estas boas vibrações, com Stevie Wonder de fundo, que vem passando por aqui.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

and the lamb still lies...

Agradeça ao robozinho.

Domingo eu reassisti a melhor animação da Pixar, na minha opinião, "Wall-e". E como se já não bastasse toda a graciosidade e beleza do filme, está nos créditos uma das maiores surpresas (acho que no cinema eu não prestei atenção direito, devo ter saido logo da sala querendo falar pra todo mundo sobre o filme do robozinho), sei que a música de fundo dos créditos é do dono de uma das maiores e mais belas vozes do rock n'roll. Peter Gabriel. "Down to Earth" é a música. Absurda, e de fundo aqueles hieroglifos da humanidade evoluindo com Eva e Wall-E de protagonistas é arretadíssimo.

Apesar de Wall-e merecer um post, este não é sobre ele. E sim sobre o resgate de Peter Gabriel.
Logo que terminou o filme, vim aqui para o computador, ouvir "Down to Earth" incessantemente. Daí me bateu a idéia de baixar o primeiro disco de Peter Gabriel, pós Genesis, de '77. Achei que era de uma imensa vergonha não conhecer a sua carreita solo. Sei que o disco é de uma perfeição absurda, e apenas 2 anos após a sua saída do Genesis, ainda dá pra sentir muita coisa do último disco com a banda, "The Lamb Lies Down On Broadway". Disco que até hoje, 5 6 anos depois de o ter conhecido, ainda está no topo da minha lista de disco favoritos.
Seguinte. Foi inevitável ouvir aqueles gritos de Peter Gabriel no disco de '77 e não apelar para a deliciosa nostalgia de ouvir um disco que você não escutava a anos. E Mergulhei de cabeça no Genesis. Todos os discos, "Trespass", "Nursery Cryme", "Foxtrot", "Live '73", "Selling England By the Pound", "The Lamb Lies Down on Broadway" agora estão sendo novamente degustados por um cidadão alguns anos mais velho.
E é estranho, muito estranho escutá-los hoje. Por que não dá pra não sentir as mesmas coisas que sentia lá pelos meus 15 16 anos. Não dá para não imaginar (por falta de vídeos que prestem) as performances de Peter Gabriel no palco representando Rael na turnê do "The Lamb Lies Down on Broadway", o seu desespero ao encontrar as "Lamias" e as surpresas nas aparições do "Brother John", ou encenando os 22 minutos de "Supper's Ready", ou não se sensibilizar com a história de "Get'Em Out By Friday", ou não pensar que "The Cinema Show" é a música mais bonita do mundo.
Peter Gabriel deu ao Genesis o que toda banda sonha em ter um dia. Uma identidade forte e inerte, que com o passar dos anos não cairia no que seria "o sacal de uma época". Genesis é uma banda formada de super músicos, andando de mãos dadas com a vertente do rock progressivo da época, que às vezes pode até soar cabeçuda. Porém antes de qualquer solo além das nossas habilidades e sons além da nossa capacidade auditiva, as músicas do Genesis, com Peter Gabriel de carro-chefe, tem uma história pra contar em primeiro plano que fazem com que quaisquer sons ou notas esquisitas adiquiram um significado no decorrer da canção. E tudo junto com a linda interpretação de Peter Gabriel, formaria até um quadro. Um quadro táctil, com sons, cheiros e movimentos.

É isso. Venho dizendo que estou passando por uma "síndrome de Peter Pan". Com Genesis de volta com tudo na playlist, tendo "Wall-e" como filme preferido, viciado em um novo jogo do Playstation e pouco se lixando pros mal-gostos e questionários cotidianos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

sobre o clube. (uma resenha pessoal)

Hoje cedo indo pra faculdade e passando as músicas no som do carro (dependendo da escolha, é o que dita o proceder do meu humor pelo resto do dia).
Já no final da lista parei no velho e até já surrado Clube da Esquina. O comecinho de "Tudo que você podia ser" é covardia demais, não tinha como passar. Sei que fui ouvindo faixa a faixa, palavra por palavra e lembrança por lembrança, tudo atenciosamente durante o resto do dia, em todos os momentos que dirigia e cantarolando em todos os espaços ociosos do trabalho e da faculdade. Ao final de "Ao que vai nascer", notei que todas as músicas do disco tem ou uma lembrança, ou um sentimento, ou qualquer coisa muito marcante em mim. Nada passa despercebido...

Logo a primeira faixa, "Tudo que você podia ser", me remete uma das sensações que mais gosto na vida. Acordar cedo num sábado e com o sol ainda friozinho colocar as malas no carro e sair de casa pra pegar estrada. Vidros abertos. Sentindo o vento frio de cedinho batendo no rosto. Tem mato fechado de um lado, mato fechado de outro e um destino me esperando de braços abertos. Acho que me lembro cada vez que fiz isso na minha vida. E foram inúmeras.
"Cais" é a música mais inspiradora desse disco. Ela não me remete apenas uma coisa em especial, mas sim todos os momentos em que já enchi o coração de esperança e inventei centenas de cais.
A terceira, "O Trem Azul". Através de amigos, foi a música que me apresentou o disco. Então ela está totalmente ligada a toda a turma, a todo mundo que está próximo, todo mundo distante e todo mundo que ainda há de chegar por aí.
Na verdade, todo esse disco tem cara de "estrada", mas algumas se destacam que é o caso de "Tudo que você podia ser" e "Saídas e Bandeiras". "Subir novas montanhas, diamantes procurar, no fim da estrada e da poeira, um rio com seus frutos me alimentar".
Aí vem uma das minhas preferidas, talvez a preferida, "Nuvem Cigana". Quando eu ainda danço com ela o que ela dançar e aceito viver em qualquer parte de seu coração. Alguns momentos raros, repentinos e que passam num piscar de olhos, dos quais eu não me lembro de uma única vez em que não deixei, por medo, o coração bater.
"Cravo e Canela" só me lembra uma das centenas de viagens pra cidade de Natal. Foi a que Seu Oscar me alugou como motorista durante todas as saídas. E nas tardezinhas, com o sol se pondo, num hotel perto das dunas, eu ficava sentando numa espreguiçadeira na frente de um rio, tomando cerveja, com o violão e ouvindo os grilos se chegando.
"Dos Cruces" é viajar tarde da noite. Como passageiro. Pescando com os olhos.
Aí tem aquela faixa 8, "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo". No livro "Os Sonhos Não Envelhecem", Márcio Borges conta quando ele compôs a letra, estava com sua namorada deitada no colo, em uma cabine de um trem. Acho que foi isso, mas se não foi, é a lembrança que eu tenho, faz tempo que li. Sei que eu sempre penso nessa situação, e sobre todas elas com seus vestidos, eu me coloco no papel de Marcio Borges. E vou fazendo um imenso jardim de girassóis.
Em "San Vicente" mais uma vez eu volto as estradas. Vou me lembrando de cada cidadezinha que já passei, cada rosto desamparado, com sabor de vidro e corte.
"Estrelas" é a poeira na noite, que fica clara como vaga-lumes quando vista contra a luz dos faróis dos caminhões na estrada.
Sabe quando num filme toda vez que aparece um personagem e toca a sua música, pois pronto, a minha seria "Clube da Esquina N°2", a versão do disco, só com o instrumental.
"Paisagem na Janela" é uma lembrança mais concreta. Foi num fim de tarde, lá em Barra de Sirinhaém, eu estava apoiado na janela com um copo de cerveja e escutando a música de Lô, tava um ventinho frio, ameaçando um chuvisco, olhando a paisagem da frente da casa. Um rio imenso e várias jangadas e pescadores. E no terraço ficava Tia Sandra e Tio Roberto, sentados no chão e cantando comigo "da janela lateral, do quarto de dormir...".
Alaíde Costa com Milton Nascimento em "Me Deixa em Paz". Eu tenho um avô que é uma figura. Seu Ellon era quase que um galã de cinema na sua juventude e ainda tem o jeitão do maior galanteador das redondezas, mas até que hoje ele está mais quieto. Meu pai conta que toda vez que ele chegava numa roda de amigos e via alguém com o violão, que normalmente era o meu pai, ele dizia: -Toca aquela, "Se você não me queriiiia, não devia me procuraaaar, não devia me iludiiiir".
"Os Povos", é aquela hora da viagem que você não lembra mais de nada, nem de onde veio, nem pra onde vai. Nada na cabeça. As únicas coisas presentes são o barulho dos carros passando e o vento assobiando no vidro entreaberto.
"Saídas e Bandeiras" novamente. Acorda e olha a estrada.
"Um Gosto de Sol", é todo aquele sentimento do final de "Cais". Só que orquestrado.
"Pelo Amor de Deus". É o caos, é uma obra na fundação. Estaqueamento, barulho e sol quente.
"Lília" me dá vontade de compor. Qualquer coisa.
E começa "Trem de doido". Absurda. Essa me lembra São Paulo. Lembra algumas pessoas que conheci numa vez que fui para Bauru. Foi lá que um camarada me apresentou Beto Guedes, o dono dos solos desta música. Ele me mostrou o LP "A Página do Relâmpago Elétrico" e disse: "Escute esse disco". Só isso. Hoje é um dos meus discos favoritos. Fácil. "Trem de doido" é minha paixão por Beto Guedes.
E a chegada. "Nada será como antes" é sempre chegar no destino. Não sei, acho que eu sempre coloco o disco no carro no espaço de tempo que faz com que a penúltima música comece a tocar exatamente quando eu estou chegando. É quando se está ligando para quem o espera. "Olha, tô chegando. Vai colocando as cervejas pra gelar".
E finalmente a última faixa. A primeira vez que, realmente, ouvi "Ao que vai Nascer", foi no ano passado. Eu estava voltando da faculdade, dentro do ônibus, com fones no ouvido. E eu fiquei abestalhado. Juro. Até hoje eu lembro como fiquei completamente de cara com a música. É o final mais perfeito para o disco mais maravilhoso da nossa música.

Pra fechar. E Como disse no início, esse foi o disco escolhido na segunda feira de manhã, e foi o que procedeu o meu humor. Cheio das mais nostalgicas e boas lembranças, de planos futuros, expectativas e uns apertos no coração vez em quando.
Chega 19 de Setembro.

sábado, 29 de agosto de 2009

when i get older.

...losing my hair.

Quando dá 8 horas da manhã de um sábado e eu acordo, depois de uma longa e agitada noite, começo a acreditar que essa é a gota d'agua dos indícios da minha idade chegando. E minha idade chega na mesma proporção que minha paciência pra certas coisas se vai.
A começar pela minha cidade, na verdade pelos moradores dela, principalmente os do meio "cool" que convivo. Ontem à noite eu voltei mais uma vez sem a turma, e no táxi de volta conversei água com o taxista durante R$20,00 do taxímetro, sobre exatamente esses moradores. Talvez esse tenha sido o motivo de uma reflexão maior sobre a coisa toda. Algo que sempre tenho feito ultimamente é ficar sentado com amigos num dos banquinhos de granito que tem na calçada da rua mais badalada da sexta feira, e tomando uma cerveja e segurando um cigarro, ficar vendo as "pessoas que passam". Acho que esses meus conterrâneos vêm se esforçando demais para parecerem alguma coisa e quando eu digo "parecerem", é "parecerem", não é um esforço pra "ser". "Ser" dá muito trabalho. Para que "ser", se eu posso "parecer"? Não que isso me irrite, não, estou muito longe dessa rabugentisse, eu apenas fico matutando o quão diferente eu sou de boa parte desses meus vizinhos e que eu não tenho mais a já citada, paciência, pra essas pessoas. Terminei a noite no "sambão", cheio de gente estranha e mais velha, mas que estavam pouco se lixando para o que o pessoal da mesa ao lado achava deles. O segredo deve estar na idade.
Outro indício aparece fácil quando o assunto são as mulheres, na verdade as garotas (da minha idade) dessa cidade. Esse foi outro assunto com o taxista, lá pelos R$12,00 dos R$20,00. Uma das coisas que me dá muito prazer quando estou com uma mulher é jogar conversa fora, tomar cerveja e falar besteira pelo resto da noite. Uma vírgula, existe no mínimo mais umas 8 coisas que dão mais prazer estando com uma mulher do que isso, mas eu quero me deter a primeira. Retomando o fio da meada, acho absurdo ver essas garotas se portando como "velhas", pegando nossa jovialidade fazendo uma trouxinha e jogando no mato. Não saber aproveitar as oportunidades por medo, por desconfiança ou pior por ser "bandida". Essa é uma palavra que vem sendo usada em praticamente todos os diálogos com a turma. Algumas fazem questão de entrar na bandidagem cedo, nem direito são garotas, são umas meninas, e aposto que a maioria delas não tem rancor nenhum, nunca se casaram, nem divorciaram, não tem filhos pra cuidar, não tem praticamente nada que justifique amargo algum na "vida amorosa". Daí eu sento e enquanto espero conversar, claro que existem segundas intenções, terceiras e quartas, mas elas sempre esperam que eu vá dar em cima, que vá encher a bola delas e dizer "ó, como você está linda", pelo simples fato de saber que tem alguém a adimirando, tipo uma mulher com seus 30 anos atrás de adimiradores para a sua nova plástica. Eu adoro elogiar, mas odeio fazer isso pra alguém que espera por puro narcisismo, prefiro não falar é nada sabe. Pois é, eu ando perdendo a paciência pra isso também, e por mais que eu ache a minha companhia linda eu não perco tempo "enxarcando" por "enxarcar". Quer conversar, a gente conversa, quer outra coisa, deixe claro. Sei que no "sambão" só o que tinha eram mulheres, pouquíssimas garotas, e mais uma vez essa gente estranha e mais velha me surpreendeu, dava pra ver claramente muito mais daquela jovialidade jogada no mato alí nas Meninas de 23 anos pra cima, do que no meu meio "cool" nas Mulheres 23 pra baixo.

Chega. Essas sexta feiras são sempre bem proveitosas, toda vez acordo no sábado com novos ares. E na bem da verdade, eu só estou aqui fazendo algumas tempestades em copo d'água mesmo, tipo as neuroses de Woody Allen. Porque eu gosto do meio "cool" que vivo, acho que ainda é o melhor ambiente da minha cidade e gosto, fácil, das mulheres de 23 pra baixo, sempre acabo de historinha com uma delas e deixando as de 23 pra cima de lado. Que é que eu posso fazer? Com 21 anos, é arrumar mais paciência pra essas coisas. E eu arrumo. Fácil.

Stevie Wonder no MP3, andar de bike por aí. E mais tarde já estou no meio "cool" novamente.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

continuum.


Musicalmente, eu sempre tive uma adimiração imensa por John Mayer, confesso que era mais por suas participações a parte da sua carreira, como em parcerias com Eric Clapton, B.B. King do que pelo seus discos em si, nos quais minha relação era apenas sentimentalóide mesmo. Até um dia desses, quando resolvi resgatar o "Room For Squares" numa loja de discos para dar de presente a uma amiga. "Room For Squares", que é oficialmente o seu disco de estréia certamente foi um dos que mais embalaram meu colegial, fato este que explica minha relação com esse disco ser tão mais sentimental do que musical, apesar de que, depois de ter re-escutado o Room alguns anos depois, notei que é de uma competência absurda para um artista que estava tentando alcançar o estrelato através de "pop girls colegial classics songs of love". "83", "No Such Thing", "3x5", "Neon", além da criatividade e do sentimentalismo contido nas letras as melodias do Room são muito bonitas e como em "No Such Thing" existe uma forte influência de acordes jazzisticos. Enfim, "Room for Squares" é recomendadíssimo. E confesso que até "Your Body is a Wonderland", a rainha da "girl pop song", eu adoro. Fácil.
Porém não é do "Room for Squares" que quero falar nesse post e sim do seu mais recente disco de estúdio, "Continuum".
O ponto de partida do meu resgate por John Mayer foi devido à morte de Michael Jackson. Fúnebre. Pois é, no funeral de Michael, John Mayer fez uma participação que pra mim foi das melhores, lado a lado com a de Stevie Wonder. Ele subiu no palco, com uma guitarra surrada e tocou, apenas tocou, "Human Nature". Mayer entrou mudo e saiu calado, mas foi emocionante. De encher os olhos.
Daí eu comprei o "Room for Squares" e fiquei ouvindo, ouvindo, ouvindo e relembrando minha "criancisse". Até que ontem eu baixei o "Continuum", já tinha ouvido um ao vivo anterior que John Mayer tocava com uma banda, John Mayer Trio, ótimo, discaço.
Sei que o baixei ontem à noite e não deu tempo de ouvir, coloquei no mp3 e liguei no som do carro hoje de manhã indo para a faculdade. Estava atrasado. Mas desacelerei, fácil, quando começou a tocar "Waiting on the world to change" e juro como tive vontade de parar o carro na Avenida e terminar de ouvir o disco todo na faixa 2 "I Don't Trust Myself (With Loving You)", dane-se a aula de Desenho Técnico. Mas não parei não. Vontade não faltou. Casa para faculdade, faculdade para o trabalho, trabalho para casa, em todos esses percursos dessa segunda feira "Continuum" não parou um segundo só dentro do carro.
É incontestável o quanto John Mayer evoluiu do "Room for Squares" para o "Continuum", são anos luzes a frente. Sem perder a criatividade e o romantismo das letras, Mayer deu uma turbinada incrível nas melodias, nos solos de guitarra, nas influências notáveis do disco, são facilmente identificáveis fortes toques de blues, soul e o tal jazz. Em "Continuum" John Mayer nos mostra o verdadeiro compositor que ele é, que é facilmente um dos melhores da atualidade. O disco tem direito até a um cover de Hendrix, "Bold as Love". Absurda.
Nesse dia que tenho ouvido o "Continuum" eu fico pensando em compositores de alto nível. Penso o seguinte, que se Stevie Wonder pega o "Continuum" e escuta "I Don't Trust Myself" por exemplo, Marvin Gaye "Vultures", e Hendrix a sua homenagem "Bold as Love", eles deve pensar consigo mesmo "Esse rapaz definitivamente está no caminho certo".

John Mayer - Continuum (2006). Vair continuar sendo o disco da semana, fácil.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

corvos negros.

10 razões que fazem The Black Crowes das melhores (se não a melhor) banda de 90 pra cá.

1- Sometimes Salvation.
2- Remedy.
3- Thorn in My Pride.
4- Chris Robinson já foi casado com a Kate Hudson.
5- Os caras são muito cools.
6- As melhores baladas.
7- Os melhores "rockers" também.
8- Chris Robinson tem filhos com a Kate Hudson.
9- Ouvir um disco com espírito e roupagem 70tista.
10- Gravações que fazem gosto de ouvir.

(post feito com o intuito de recuperar o espírito "cool" desse blog)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

nem aqui eu estaria.

Há quem diga que sinceridade é a melhor qualidade que uma pessoa possa ter.
Pois bem, eu também achava. Na verdade eu tinha até certeza.

É incrível como as maiores virtudes podem ser desvirtuadas para um caminho totalmente contrário quando se utilizadas em momentos inoportunos. Seria ótimo se a gente tivesse um marcador de virtudes. Você está com alguém e olha no seu marcador: "agora seja sincero", "agora íntegro", "agora amável", "agora carinhoso". 90% dos meus problemas seriam resolvidos.
É por falta desse marcador que muitas vezes dá vontade de esquecer qualquer uma dessas coisas que carrego comigo, ou que pelo menos acho que carrego. Esquecer sinceridades e integridades, as quais dependendo dos momentos que são mostradas, tanto podem ser adoráveis como completamente descartáveis e talvez até erradas. Pois é, quem sabe uma mentira de pernas curtas viva bem de muletas, ou talvez quem cala não está consentindo, simplesmente não quer se pronunciar.

Entretanto, acho que a personalidade de alguém se baseia exatamente nessas virtudes, na falta ou no excesso. E aos 20 e poucos anos eu já tenho a minha praticamente formada. Seja na falta ou no excesso, eu nem vou tirar nem por. É isso mesmo e acabou-se.

Pois é, talvez se hoje eu tivesse esquecido tudo isso, "siceramente", nem aqui eu estaria.
Mas, problema. É como diria Sinatra: "That's life".

(Na foto: Marilyn Monroe e Frank Sinatra)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

essapatocanorádio.

2 violões cafajestes, percursões enfezadas, músicas de 10 minutos e letras sem pé nem cabeça. Na bem da verdade as cabeças desses 2 já deviam estar pra lá de mil de chás de jurujurujurujurubebas (bebabebabebabebabebajuruuuus).

facilmente um dos melhores discos nacionais... e fácil também o mais abestalhado.

Uma vez, no cursinho pré-vestibular do gge, um professor de química comentou sobre esse disco. Roberto Couto era o cidadão, um sujeito pra lá de gente boa por sinal.
Foi assim, no meio de óxidos, bases e ácidos ele puxou o assunto do Taj Mahal (realmente não lembro o fio da meada, só sei que foi assim), aí ele disse: "e tem aquele sujeito que fez uma música sobre o Taj Mahal, Jorge Ben. Tem um disco que ele diz que vai contar a história de amor do príncipe Shah Jahan pela princesa Mumtaz Mahal, a história mais linda de amor e tal, e a gente vai esperando e esperando e esperando e lá se vão 12 minutos de tetetereteeee, tetetereteeeeeeee, tetereteeeeeeeeeeeeee... e o cidadão não conta história alguma". E ele falava isso indiguinado.

Eu estilei.
Só eu ri na sala.
E eu ria demais.
Nunca tinha notado que ele realmente não contava história nenhuma.

(é muito abestalhamento)
hahahaha

Ah, o disco é Gil e Jorge - Ogum Xangô, 1975.

"Se ela disser que não te quer mais, arranje oooutra meu rapaz."

domingo, 26 de julho de 2009

dependurado.


lá vai o homem da gravata florida.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mágico.

O que quer que eu começasse a escrever aqui sobre Nick Drake soaria por demais sentimental e meloso.
Fica apenas uma imagem e uma canção sua.

"Northern Sky".

"I never felt magic crazy as this
I never saw moons knew the meaning of the sea
I never held emotion in the palm of my hand
Or felt sweet breezes in the top of a tree
But now you're here
Brighten my northern sky."

-Nicholas Rodney Drake (19/06/1948 - 25/11/1974)

sábado, 4 de julho de 2009

"chicken" Corleone.

Que "O Poderoso Chefão" que nada. Essa sim é a trilogia mais legal de todos os tempos.



*o segredo é abestalhar a vida.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cowboy das Galáxias.

Sem sombras de dúvida Han Solo é o meu personagem favorito de Star Wars.

É o seguinte, aqui está um grande fã de "western movies". Todo aquele clima pesado do velho oeste, as paisagens exuberantes, os duelos mortais, tudo isso me deixa abestalhado ao assistir, desde "um John Wayne paspalhão" a um Spaghetti de 3 horas de Leone. Porém o que mais chama a minha atenção nesse gênero é a personalidade dos personagens, e Harrison Ford em Star Wars interpreta perfeitamente o, vamos dizer assim, "cowboy das galáxias".
A começar pelos acessórios. Han Solo dispensa todo o misticismo da Força, como ele mesmo fala no Episódio IV, "Já andei por todas as galáxias e não senti Força alguma", então o sabre de luz vai pro lixo e dá lugar a uma pistola, que está mais para um daqueles revolveres "six shooter" do século retrasado. E sem falar do coldre da pistola na perna e o coletezinho. Clássico.
Porém, a coisa mais característica do gênero em Han Solo é o seu "jeitão". Han é um mercenário, personagem sempre presente nos "western movies", um andarilho charlatão que possui um fiel companheiro, Chewbacca. Han só tem olhos para ele mesmo, e quase todas as vezes pondera todas as suas ações relativo ao quanto ele tem a ganhar com ela. Entretanto, como todo bom herói, Han tem uma lealdade inquestionável com seus companheiros (por mais que ele tente não demonstrar), como na cena final de "Uma Nova Esperança", na qual quando ninguém menos espera, ele volta e salva Luke. Isso é muito típico em qualquer western, vale lembrar a relação dos personagens de Blondie (Clint Eastwood) e Tuco no filme de Leone "The Good, The Bad and The Ugly". Outro ponto bastante característico é a coragem que Han Solo possui em qualquer batalha, seja contra um simples cobrador ou contra todo um exército do Império, é um descaso total com a morte. Clássico novamente.
E por último e não menos importante, talvez até a característica mais legal de Han, é a sua relação com as mulheres. Não importa se o alvo é uma Princesa, ele sempre vai soltar gracinhas cafajestes. E o melhor de tudo é que no final a princesa ficará caidinha por ele. Léia que o diga.
Enfim, Han Solo é fácilmente um dos personagens que mais gosto no cinema em geral. E acho que Harrison Ford gostou tanto do papel que quando foi fazer Indiana Jones, levou um pouco da alma de Han para o arqueólogo.

(...)
Eu gosto de férias por causa disso, ter tempo para assistir filme e escrever leseiras depois, numa segunda feira. É impagável.
E eu ainda treino o meu ofício de jornalista redator. Afinal de contas, não precisa mais de diploma, então caso a engenharia não dê certo eu posso até enveredar para esse caminho.
Crueldade.
(...)

Ah, e um último parêntese já que o post é sobre Star Wars. Hoje quando eu tava indo para o trabalho eu comprei um bonequinho de chumbo de Darth Vader numa banca de revistas aqui na esquina. Vou colocar ele no meu carro e batizá-lo de "THE DEATH STAR". Limpeza? hahaha.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

"Hours Concours"

Elenco, trilha sonora, fotografia, os zooms, os ângulos, e antes de tudo, o modo como contar uma história. Este último é para o mim o fator chave na classificação de um "bom filme".

Nessas férias eu tenho revisto alguns filmes que já tinha assistido há algum tempo atrás, hoje foi a vez de "De Olhos Bem Fechados" de Stanley Kubrick. Ao termino de mais de 2 horas e meia de filme, quando Nicole Kidman fala o "Fuck!" e aparecem os créditos, eu não conseguia tirar aquele sorriso bestializado do rosto, de quando você se surpreende com algo. Soltei logo depois para mim mesmo, "Definitivamente um dos melhores filmes que já assisti", e principalmente, "Inquestinavelmente este o melhor diretor da história".

Já devo ter visto todos os filmes de Kubrick umas 2 ou 3 vezes, e é incrível o quanto mais maravilhado eu fico a cada vez que assisto a cada um. Sempre tem uma coisa nova, um detalhe que eu não tinha percebido antes, uma fala, uma expressão, uma cor, um giro na câmera, e a cada detalhe redescoberto em seus filmes mais certo eu fico do quanto Kubrick não está na minha lista de diretores favoritos. Por que ele não se encaixaria, seria de uma desproporcionalidade absurda. Não é desmerecendo os outros diretores da suposta lista, mas Kubrick é "hours concours".
Stanley Kubrick tem uma das qualidades, a qual é indiscutivelmente das mais importantes num diretor de cinema, que é o modo como ele consegue extrair o máximo desempenho do ator na interpretação de um papel. Todos os atores que eu já vi trabalhando com Kubrick se descatacaram para mim como a melhor atuação, Jack Nicholson em "O Iluminado", Malcolm Mc Dowell em "Laranja Mecânica", Kirk Douglas em "Glória Feita de Sangue", Peter Sellers em "Dr. Fantástico" e Tom Cruise e Nicole Kidman em "De Olhos Bem Fechados". Essa condução acaba levando a um maior comprometimento com o roteiro, resultando numa história, na qual só levando em conta a parte dos atores, é perfeitamente interpretada.
Então vem o outro lado que é o modo de condução do filme. Kubrick com certeza é o diretor com os takes mais característicos do cinema, seus zooms e enquadramentos, as tonalidades das cores, a sonoplastia, o modo como a câmera é conduzida na sequência de uma cena, são facilmente identificáveis. E com a mesma certeza eu afirmo que é o modo de condução mais perfeito e incopiável. O jeito como Kubrick vai levando o filme tem um poder de envolver a quem assiste por mais de 2 horas que faz com que o filme termine e você não olhe uma só vez quanto tempo faltava para terminar. Acho que as giradas nas câmeras e os zooms inesperados, as cores vivas dos objetos, a montagem das cenas, tudo isso deve agir no subconsciente dagente e não deixar ninguém desgrudar os olhos da tela em um só momento. Eu, como apenas um mero apreciador da sétima arte, não entendo muito bem sobre o processo de construção de um filme, apenas sei que Kubrick é dos poucos que me fazem assistir a um filme sem bocejar uma só vez.
Outro diretor que eu dou bastante crédito é, o até já clichê, Steven Spielberg. Acredito que tomando uma referência de 80 até hoje, fora o "hours concours", ele é o diretor que melhor consegue amarrar uma história, seja ela qual for, num filme. Já li por aí que ele era um grande amigo e sempre foi um fiel adimirador de Stanley Kubrick, possivelmente deve ter tido algumas aulas particulares com o mestre.

Não sei como terminar o post. Por isso farei como Nicole Kidman e com uma simples palavra, darei o seu fim.

"FUCK!"

quarta-feira, 17 de junho de 2009

chef.

energético das férias:
00:01: leite, sorvete de creme e nutella. Tudo no liquidificador.

domingo, 14 de junho de 2009

14 de junho

desliguei o ar condicionado às 17:00, liguei às 19:00; vi 2 filmes com mais de 2 horas e meia e escutei a mesma música pra mais de 100 vezes: You've Made Me So Very Happy de Blood Sweat and Tears.

(...)
I lost at love before
Got mad and closed the door
But you said "Try, just once more"
I chose you for the one
Now we're having so much fun
You treated me so kind
I'm about to lose my mind
You made me so very happy
I'm so glad you came into my life
(...)

acho que nunca passei tanto tempo sozinho dentro do meu quarto, por isso 14 de Junho foi eleito "O Dia Mais Preguiçoso do Ano".
E pensar que em outros anos nesse mesmo 14 de junho, o exército de Napoleão Bonaparte derrotava o exército russo na batalha de Friedlândia, o estado Norte-Americano da Califórnia era fundado; terminava a Guerra das Malvinas entre Argentina e Grã-Bretanha; e Anne Frank começava a escrever o seu diário... me dá mais preguiça ainda.

Já estou olhando para a prateleira aqui do lado para escolher o próximo filme.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

">>"

provas, trabalhos, mais provas, estágio, mais provas. Menos tempo e muito menos paciência.

Em um calendário particular, meu Junho deve ter uns 60 dias. E hoje ainda é 8. Por mim eu daria um "fast forward >>" logo para o final desse mês.
30 de junho, ou talvez 60. Dias nos quais, qualquer cansaço seria rio e rio qualquer daria pé.

Situação atual: Comprei um snorkel para nao me afogar.

(o tamanho do post é diretamente proporcional ao meu tempo disponível).

segunda-feira, 25 de maio de 2009

may the force be with you.

Final de noite "nerd", que merece um post.

Vou ilustrar.

Segunda feira, corrida, exausto do estágio e da faculdade.
Saí da faculdade um caco só pensando em ir pra casa, comer e dormir.

Porém, uma amiga da faculdade ao lado me liga, chamando pra conversar besteira. Passatempo. Eu fui. Pois bem, conversa foi, conversa veio e o tempo foi passando, quando dei por mim já eram 8 horas da noite e meu sono já tinha se perdido.
Então resolvi atualizar umas pendencias. Fui na Livraria Cultura, encomendar o novo livro sobre o Clube da Esquina. Encomendei. E para nao dar viagem perdida, fiquei lá rodando e paquerando com os discos, dvds, livros e principalmente, aqueles BOX's. Faroestes, Woody Allen's, Kubrick's, Monty Python's, Séries... e o mais charmoso de todos, aquele com os 3 primeiros filmes de Star Wars. Ah, lá também tinha uma vendedora nova fantástica, que por sinal foi a escolhida (por mim) para fazer a reserva do meu livro.
Paquerei pesadamente, mas nem me deram bola. (inclusive a vendedora).

Fui embora.

No caminho de casa, lembrei que minha tia tinha me falado sobre uma locadora que estava fazendo um bazar aqui perto. Já era 9 e meia da noite, e estava um toró, mas quem sabe ela não estava aberta ainda? (quem não arrisca, não petisca).
Estava.
Mil filmes. Milhões de coisas fantásticas. Poderoso Chefão, Taxi Driver, Hitchcock's, Dançando no Escuro, Cães de Aluguel, DVD importado de Pearl Jam e meus olhos brilhando. Olhei todas as prateleiras, título a título minusciosamente, e fiz minha imensa pilha. Escolhi uns 5 filmes (com uma dor no coração de não poder levar 20) e fui pagar.

(um parêntese)
Eu tenho uma mania muito grande de "desencargo de consciencia". Posso olhar uma loja de cabo a rabo e não achar o que estou procurando, mas no final eu sempre pergunto "Tem tal coisa?", também sempre faço a mesma pergunta pra mais de um vendedor, só para realmente ter certeza. Pois bem, essa mania nunca foi tão bem vinda como hoje.

(Voltando a história)
Estava lá eu pagando, e a consciencia pesou, então perguntei ao vendedor:
-O senhor tem Star Wars aí? Tem não né?!
E ele.
-Ah, acho que eu tenho aqui.
E parece até mentira, mas ele tirou de trás do balcão aquele BOX que eu estava paquerando alguns minutos atrás na Livraria Cultura, com os 3 primeiros DVD's da série e um quarto de extras, tudo numa caixinha prateada com desenhos em auto-relevo: de um lado Luke, Leia, Han Solo, C3PO e R2D2 e do outro Darth Vader.
Inacreditável.
Devolvi todos os dvd's que tinha minusciosamente escolhido de volta as suas respectivas prateleiras, e peguei o BOX. Pechinchei, e comprei.

...e nesse momento, eu a senti jovem padawan. "The Force". Ela estava comigo. Õo

sábado, 23 de maio de 2009

"Hoje ainda é dia de Rock Rural"


(Alguns anos atrás. Assistindo "Durval Discos".)
Logo no começo do filme, uma música chamou muito minha atenção. Ela falava de um tal de Mestre Jonas, que morava dentro de uma baleia (que era mais segura que um grande navio), e que assinou um papel para morar dentro dela até o fim da vida.

Um tempo depois eu descobria uma turma muito interessante lá de Minas Gerais. Eles tocavam numa esquina, lá pelo começo dos anos 70. Eram uns caras aí, Bituca, Lô, Beto, Wagner, Marcos, Fernando, Ronaldo. Desses encontros saiu um disco, "Clube da Esquina" e foi à partir dele que eu comecei minha quase que obsessão por essa turma de mineiros.
Vasculhei tudo sobre a carreira de todos eles, principalmente a de Milton Nascimento, o Bituca da esquina, e dessas vasculhadas acabei por conhecer também a banda de apoio de Bituca, era o "Som Imaginário".
Extraordinário. Foi o disco que baixei. O primeiro, só do "Som Imaginário", com gravações de "Tema dos Deuses" de Milton e "Feira Moderna" de Beto Guedes. A banda era formada por Wagner Tiso, Tavito, Fredera, Toninho Horta, Luiz Alves, Robertinho Silva e o cidadão que cantava aquela música do rapaz que morava dentro da baleia. O cidadão era, Zé Rodrix.
Só para constar, Zé não era mineiro, era carioca.
A presença de Zé no disco é marcante, a versão de "Feira Moderna" de Beto Guedes que imortalizou a música, é de derramar água dos olhos. "Hey Man", "Morse", "Nepal", "Make Believe Watz", tudo no disco me deixa até hoje abestalhado. E desse disco eu percebi que aquele cidadão tinha alguma coisa a mais.
Denovo, comecei a procurar por tudo que Zé já tinha metido a colher. E a cada projeto que descobria dele, mais me identificava. Junto do "Som Imaginário", um dos que mais me marcaram foi o trio que ele formou com a dupla "Sá e Guarabyra". A temática "psicodélica-rural" do trio acabou por criar uma nova vertente brasileira. O "Rock Rural".
Pois bem, Zé Rodrix foi por anos (e até hoje é) trilha sonora de muitos momentos marcantes da minha vida. "Sábado", "Feira Moderna", "Hey Man" do Som Imaginário, "Primeira Canção da Estrada", "Desenhos no Jornal", "Mestre Jonas", "Hoje ainda é dia de Rock", "O Pó da Estrada", do trio, todas essas conseguem remeter em mim momentos meus passados com uma clareza assustadora. Sempre que escuto (como agora, que está tocando "Feira Moderna"), eu consigo me ver dentro do carro, viajando, na BR, com o vidro aberto, exorcizando todos os meus problemas na voz, no teclado, nos apitos e nas mungangas de Zé.

É engraçado quando eu penso em Zé Rodrix. Não consigo ter aquela imagem de ídolo, intocável. Definitivamente não. Parece alguém que sempre esteve mais próximo. Um amigo que tinha uma banda. Um vizinho gente fina. Um tio distante que ligava vez em quando. Um professor da faculdade. O vendedor de cachorro quente da esquina. O carinha limpeza que guarda meu carro. O policial da BR. O garçom que me serve uma cerveja com a namorada. O sogro gente boa. Enfim, Zé Rodrix foi sem dúvida um dos artistas com que eu tive uma maior proximidade e identificação com suas obras. Por isso que meu coração apertou tanto quando soube da notícia dessa sexta feira.

Pobre Zé.

Acredito que agora ele está na baleia, ao lado do Mestre Jonas, de contrato assinado. Ou quem sabe ele esteja no Nepal rindo da cara da gente.

Pois bem, Zé, onde estiver, descanse legal, na baleia ou no Nepal.

e eu continuarei por aqui, como você, plantando meus amigos, meus discos e livros e nada mais.

sábado, 16 de maio de 2009

ponto sem nó.

Parar e organizar as idéias. Era meu objetivo deste sábado.

Por que até parece que é combinado.
Quando você tá no maior marasmo, nada acontecendo... Então é que alí pelos confins de onde Judas perdeu as botas, é marcada uma assembléia, com todas as pessoas e coisas que podem dar um remelexo em você. E formam um Sindicato. E decidem as horas e os lugares de trabalho. E são emitidos e entregues a cada participante do Sindicato uma lista de coisas para fazer, o que, e como, de modo a tornar você um saco de entropia ambulante do tamanho de um trem.
Pois pronto, faz um tempo que esse Sindicato vem mandando alguns representantes (muito bem treinados por sinal), todos endereçados a minha pessoa. E eles não marcam horário, tanto faz na segunda à tarde, como no sábado à noite, estão sempre aparecendo e bagunçando, dando umas sacudidas, um puxa pra um lado, outro puxa pra o outro, mexe, remexe, quebra, requebra e fazem uma balbúrdia, um verdadeiro pandemônio.

Então hoje eu decidi que iria descer lá no meu almoxarifado e fazer uma vistoria, dar uma geral, fazer pilhas, colocar etiquetas, determinar prioridades, jogar algumas coisas fora, colocar outras no stand by. Impor a ordem novamente.
Porém a tal assembléia já pensou em tudo, e quando eu já ia descendo para a vistoria, lembraram-me (provavelmente por um mandato do Sindicato) que eu tinha um trabalho pra fazer hoje à tarde toda e tive que subir de volta. Ou seja, minhas idéias vão continuar embaralhadas mesmo, até que chegue a data da inspeção determinada pelo Sindicato e algum membro encarregado deste serviço venha organizá-las. Por que eu decididamente não consigo. Acho que colocaram um lacre no almoxarifado.

...
Parece que eu to preocupado né?
Tô não.
E na verdade, sou eu que não quero arrumar.

O que realmente aconteceu foi o seguinte: Fui lá embaixo (e toda essa história do lacre e de terem me lembrado do trabalho, é mentira por que eu entrei no almoxarifado e andei por ele todo). Estava mesmo, uma bagunça muito grande, muita coisa, como a muito tempo não via, uma por cima da outra, tudo junto e misturado. Mas eu não quis arrumar não, tava tudo tão instigante, aquelas coisas todas, tudo que chegou de novo, misturado com os velhos, a bagunça toda. Um mistério no ar. E eu fiquei tentado demais pela situação.
Agora eu sei que meu negócio é a desordem mesmo. É dar ponto sem nó. 8 ou 80? Mil vezes 80.
Portanto eu pretendo que a inspeção ainda demore alguns meses para aparecer. E se aparecer, eu solto os cachorros atrás deles.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

receita.


Adicione 3 xícaras de folk-music, 2 colheres de sopa de blues, gospel picado e uma pitada de jazz num artista untado a rock n'roll como Bruce Springsteen. Jogue tudo no universo pop americano, chacoalhe bastante, e deixe cozinhar por uns dias num forno de qualidade a máxima temperatura, e aí está o resultado.
Das melhores coisas que ouvi nos últimos tempos. Fácil.
Já está na lista dos maiores achados de 2009.

Bruce Springsteen - The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle (1973)

1. The E Street Shuffle
2. 4th of July, Asbury Park (Sandy)
3. Kitty's Back (Springsteen)
4. Wild Billy's Circus Story
5. Incident on 57th Street
6. Rosalita (Come Out Tonight)
7. New York City Serenade

*link do disco (rapidshare)
download

sábado, 4 de abril de 2009

destruidoras de lares.

canta Aretha.
"and I, neeeever loved a man, the way I love you"

Certamente Aretha Franklin não estaria em uma lista das mulheres que eu gostaria que me amassem "like neeeever loved a man".
Entretanto seria a primeira da seguinte lista, "cantoras das quais gostaria que me dedicassem um disco", com direito a foto P&B na contra capa, carta de amor à letra cursiva na última página do encarte e citação nos agradecimentos, algo do tipo "...and I mainly like to thanks my best lover ever, who inspired me and gaves me a reason to record this album". Ah, Seria ótimo. Iria vender horrores. E eu teria uma tatuagem com a capa do albúm. Garanto que não voltaria para ela nunca mais, só para todas as noites poder derrubar uma garrafa de um Reservado Cabernet Sauvignon, deitado no sofá, ouvindo o toca discos choroso.

Lista: Aretha Franklin, Elis Regina, Ella Fitzgerald, Gal, Billie Holiday.

Porém, enquanto não ganho um disco, eu vou ouvindo os que elas fizeram para alguém e pensando. "desgraçado sortudo".

quinta-feira, 2 de abril de 2009

feito "minino"



-Surto pré-adolescente aos 21.

Desde segunda-feira que o Siamese Dream (1993) de Smashing Pumpkins não dá trégua.
*Uma breve análise: Tecnicamente, o disco impressiona a qualquer um. A qualidade da gravação, a competência da banda, a criatividade de Corgan nos arranjos, são de uma perfeição assombrosa. Tudo se SOMA* e resulta num disco agradabilíssimo de se ouvir, desde o peso estrondoso de Silverfuck à balada orquestrada de Disarm.
Porém, não é esse o ponto onde quero chegar.
Vou seguir um trajeto diferente, dar uma derivada nessa curva técnica do disco e pegar um caminho tangente a ela. Algo mais pessoal.
Lá vai...
Todas as faixas desse disco causam uma sensação pré-adolescente demais (provavelmente por eu te-las ouvido lá pelos meus 14, 15 anos). Mayonese, Disarm, Silverfuck, Luna, Soma, Cherub Rock, são das "músicas mais pré-adolescentes do mundo" (cá estou eu a criar um novo paradigma musical). Acho que por eu ser muito saudosista nas coisas que escuto hoje (60's, 70's), quando coloco alguma vertente do rock mais nova (depois de muitos tropicalismos, dylans, claptons, zeppelins, coltranes, miltons, chicos e wonders) que remete ao que eu costumava ouvir em tempos antigos eu fico um pouco, vamos dizer que, "assustado", com todas essas guitarras distorcidas (que são "dilaceradas" ao invés de tocadas) e os "miados" e "grunhidos" vocais rasgados dos 90's. Esse meu "susto" é como se estivesse novamente ouvindo We Die Young de Alice in Chains ou Silverfuck de Smashing Pumpkins a 6 7 anos atrás pela primeira vez. Por sinal é uma ótima nostalgia. Me vem típicas lembranças, do tipo:
6ª série, voltando do Shopping depois de gazear a aula de Educação Física:
-Comprei um cd novo lá na "Aky Discos".
-Qual?
-Vitalogy de Pearl Jam.
-Iai?
-É o biiicho véio.
-Eita, leva para o aniversário de Fulano à noite.
-Ok, ah, e falando nisso, minha mãe disse que não vai levar dessa vez não, por causa do último capítulo da novela.
(...)
Pois bem, eu tenho uma penca de discos que me trazem uma nostalgia imensa.
*Top 5 Pérolas da Nostalgia Pré-adolescente:
.Pearl Jam - Vitalogy
.Smashing Pumpkins - Siamese Dream
.Alice In Chains - Facelift
.Blind Melon - Nico
.Incubus - S.C.I.E.N.C.E.

Mas enfim, como eu me conheço muito bem, eu sei que isso é só um surto...
e já já eu escuto um "tás feito menino é?", e volto às "garimpagens".

segunda-feira, 30 de março de 2009

behind closed doors.


(2003 ou 4): Inocentemente eu assitia "Alta Fidelidade", mais pelas referências musicais que o filme fazia do que pelo roteiro de vai e vens amorosos (na época não era algo de muita relevância pra mim). Gostei, e baixei algumas músicas da trilha sonora. Dentre elas, havia uma canção entitulada Behind Closed Doors, de Charlie Rich (a letra entrou por um ouvido e saiu por outro).
...
E o tempo foi passando, e algumas coisas que não tinham tanta relevância começaram a ter (bastante, por sinal) e Behind Closed Doors se perdeu nos HD's formatados da vida.

(...)

(2009): Leio o livro "Alta Fidelidade". Baixo novamente a canção de Charlie Rich. E com vivências e ouvidos 6-5 anos mais velhos, a re-escuto.

...fico "de cara".


Charlie Rich - Behind Closed Doors

My baby makes me proud, lord don't she make me proud
She never makes a scene by hanging all over me in a crowd
'cause people like to talk, lord, how they love to talk
But when they turn out the lights, i know she'll be leaving with me

And when we get behind closed doors
Then she lets her hair hang down
And she makes me glad i'm a man
Oh no one knows what goes on behind closed doors.
My, behind closed doors.

My baby makes me smile, lord don't she make me smile
She's never too far away or too tired to say "i want you"
She's always a lady, just like a lady should be
But when they turn out the lights, she's still a baby to me.

________________________________________________________
(Fiz questão de fazer um upload da música, e deixar o link aqui)

http://www.mediafire.com/?wv020cw1kzi

domingo, 29 de março de 2009

golfinhos voadores.


sunday's groove

1. Grateful Dead - The Music Never Stopped
2. Creedence Clearwater Revival - Wrote A Song For Everyone
3. Stevie Wonder - Summer Soft
4. Stevie Wonder - Don't Worry 'Bout a Thing
5. Stevie Wonder - As

da janela lateral bate um vento e stevie canta:
"until the dolphin flies and parrots live at sea".

curto uma ressaca das boas.

e hoje eu só perco meu bom humor se um golfinho passar voando aqui pela janela...

sexta-feira, 20 de março de 2009

3 minutos!?

(5:50) Marvin Gaye chama: "Let's get it oooon" (despertador)
(7:10) Aula prática de Topografia.
Objetivo: Fazer um Levantamento Topográfico de uma praça.
(10:00) Depois de quase 3 horas embaixo de um sol escaldante nós terminamos, e conseguimos um levantamento (aparentemente) ótimo, com um erro "besta" de 3' (3 minutos), tipo, o certo é chegar a 360º00'00'' mas chegamos a 359°57'00".
Não precisa entender o processo. O fato é que, depois de todo esse "sofrimento", o professor olha nosso trabalho meio de lado e recebemos a punhalada: "Em um Levantamento Profissional, isso estaria muito ruim, mas como é faculdade, é ACEITÁVEL".
Penso: "!@#%¬¢£³&$, vai à merda." e saiu de perto.
Enquanto a gente estava no meio do mato, esquentando o couro cabeludo (sujeito a cortes em espinhos e ensolações), o bendito estava na sombra, e com um picolé na mão, isso existe?!

Por isso decidi que eu quero dar ordens também. Olhar um trabalho muito bom de um "subordinado", e com cara de poucos amigos e um picolé na mão falar, "é aceitável". Po, deve ser uma sensação muito boa.

...
Enfim, já perdi a conta dos "aceitáveis" que escutei por aí, e tenho a leve impressão que eles só vão aumentar (algo tendendo ao infinito sabe?). Pois bem, meus futuros estagiários (vocês que estão na escola ainda), meus futuros filhos, e todos que um dia serão subordinados a mim, vai ter volta, e será em vocês (é a lei do forte), me aguardem. Pois estarei de prontidão, com cara de poucos amigos, em uma sombra, com um picolé da Kibon numa mão e uma canetinha na outra, distribuindo inúmeros "aceitáveis".
(hahahaha). (6)

...
(post revoltado)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Potencial elétrico (V) no interior de um condutor.

"Se me dou bem com algumas mulheres, não é por causa das virtudes que tenho, mas por causa das sombras que não tenho" - Rob Fleming em 'Alta Fidelidade' (Nick Hornby)

É fato que exista quem admire os estereotipados (adote uma conotação positiva), do jogador de futebol, do que anda na moda, do músico, do intelectual. Pois bem, passo longe de qualquer um desses.
-não jogo futebol (só entre amigos e cervejas e churrascos e cervejas e caneladas e cervejas), mas tenho meus tinos esportivos (poker é um deles) e adimiro futebol (digo que sou um torcedor não-praticante), por isso nunca deixaria um encontro de lado para assistir um jogo de futebol na TV (talvez para ir ao estádio, talvez);
-sobre a moda, eu passo despercebido (já dizia Ronnie Von: "A moda? A moda já ta fora de moda"). Num grupo de 20 pessoas, minha roupa não será reparada (talvez por um símbolo conhecido na camisa, e só), então é descartada opção de tediosas horas em um shopping para comprar roupa, pois é algo que faço nos 20 minutos que o estacionamento do mesmo nos permite para economizar R$3,50;
-há muitos anos arranho no violão, e consegui aperfeiçoar um pouco minha audição para tirar algumas coisas de ouvido (ou até lapsos de compositor nos domingos mazelados, e pós-ré's), uma ótima qualidade, pode-se dizer de passagem, pois já consegui impressionar alguns ouvidos de paqueras com a música favorita. Talvez uma sombra minha no quesito musical seja a seguinte; considero a compatibilidade de coleção de discos e mp3's decisiva na evolução de um relacionamento; acompanhe o racioncínio: suponha um "lero musical" entre 2 fãs de músicas dos anos 80, um da New Wave pós-Punk (Echo and Bunnymen, The Cure, The Smiths) e outro do Hair Metal (Bon Jovi, Poison, Motley Crue)... na verdade não suponha nada, pois isso nunca irá acontecer, pelo menos o "lero musical" não será compartilhado, muito menos o som do carro, então adeus a viagem romântica com trilha sonora, e a serenata na viagem, e os discos gravados de presente e a música tema do casal e... pronto, fim de papo, provado por a + b que não dá.
-não tenho paciência para Platão, Nietzsche, Kant, Marx, meu conhecimentos de tais (se existem) ficaram no Mundo de Sofia lido aos 15 anos. Meu negócio são romances: de Saramago (favorito) à best-sellers. Consumo tudo que é enlatado americano, séries (warner, fox, sony, universal) e blockbusters (Indiana Jones, Star Wars, Casablanca, De Volta para o Futuro, "westerns"). Porém, entretanto, todavia, possuo um "cult side" (vamos assim dizer), -lista de 5 diretores favoritos: Kubrick, Hitchcock, Sergio Leone, Woody Allen, Truffaut (não necessariamente nessa ordem). Então, cinema pra mim é sagrado, desde a Sala 3 do Multiplex Recife ao Cinema da Fundação eu estou indo.

-Conclusão?
Acho que descobri uma das minhas maiores qualidades. Vivo numa média; sou uma constante assim como potencial elétrico dentro de um condutor; sou um ponto de inflexão (aquele ponto em que a curva de um gráfico muda de concavidade); nem tanto, nem tão pouco; nem seca, nem transborda; nem falta, nem enjoa;. =T

*pronto Ná (minha irmã), ATUALIZADO!

sábado, 14 de março de 2009

Sean Eastwood.















Em umas das primeiras cenas do filme (não me recordo exatamente qual, mas acho que é quando ele está cortando seus cartões de créditos e fazendo a doação das suas economias) aparece na porta do guarda roupa de Chris uma clássica foto do personagem criado por Clint Eastwood nos westerns da década de 60, um andarilho solitário, sem nome, sem dinheiro, sem documento, sem passado, sem nada além de uma forte personalidade criada pelo meio Western americano do século passado em que vivia, aliada a sua moral e um forte instinto de sobrevivência... e no decorrer do filme eu não parei de relacionar as provações do já Alex Supertramp com o "Homem sem Nome" (Clint Eastwood).

No começo da jornada de Alex, seus preceitos e ideais acho que que erão exatamente esses, de abstenção do seu passado, de um comprometimento apenas com o meio que agora ele vivia, tudo em busca de uma provação estritamente pessoal. Acredito que sua meta era algo como atingir o "Homem sem Nome" de Clint, alguém guiado apenas por seus instintos, e apredizados VIVIDOS por ele apenas consigo mesmo, sem inteferência de qualquer conduta que não fosse a própria, e longe de qualquer hierarquia familiar, política, ou a que seja. Uma busca de felicidade por si só.

Mas com o passar do filme, Alex vai encontrando pessoas no seu caminho, com as quais ele compartilha muitos momentos, dos quais acredito que sejam os que ele realmente encontra felicidade, como a cena que ele está no mar com Jan (das partes mais bonitas), quando ele encontra o casal com os cachorros quentes, quando ele arruma um emprego na colheita, quando conhece o velhinho e o convence a subir a montanha com ele ou quando está com a "joni mitchell" =P.

A frase que ele escreve no livro no final do filme ("Happiness only real when shared") pra mim foi o melhor desfecho, e a maior prova de que por mais que o personagem de Clint seja inspirador e instigante, para qualquer pessoa, principalmente um quase adulto recém formado é algo unicamente fictício e fantasioso, assim como o Super-Homem, tem um momento em que Alex fala "Não sou o SuperMan, apenas o SuperTramp". Acredito que Chris realmente só encontrou felicidade nos momentos que a compartilhou, exatamente como na sua visão do final, em que ele volta para a família, e fala lá deitado no trailer algo como: "ninguém mais está sentindo isso que eu sinto".

Pois bem, achei esse filme FANTÁSTICO. As paisagens e diálogos são memoráveis, Sean Penn mostrou que vai muito além de um ótimo ator. Esse daí sim segue os passos do Clint Eastwood (mas agora o da vida real, hehe) e como o Clint, provou que trabalha tão bem por trás como frente as câmeras.

Ah, e como se não bastasse, a trilha de Eddie Vedder é impecável.

NOTA 10! x]

quinta-feira, 12 de março de 2009

everybody knows this is nowhere


http://rapidshare.com/files/126685195/2006_-_Neil_Young_-_Live_At_The_Fillmore_East_1970.rar


*Neil Young - Live at Fillmore East (1970): lançado em 2006.
Remasterização de algumas músicas gravadas na turnê de 1970 do disco Everybody Knows This is Nowhere de Neil Young com Crazy Horse.
É digno de aplausos o trabalho de Neil Young para lançar tudo em tão boa qualidade. Faz gosto de ouvir algo assim.
Acredito que esse canadense ainda tenha muitas cartas na manga, e uns tesourinhos guardados a 7 chaves, só no stand-by para serem remasterizados e lançados.

...Como ponta pé inicial desse blog, acho que comecei bem, muito bem.