quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

#2

Black Coffee, Ella Fitzgerald

Ontem, minha namorada ganhou dois convites para a pré-estreia do tão aguardado novo filme de James Cameron, aquele diretor que criou os clássicos jargões, "Hasta La Vista Baby!" e "I'm The King Of The World!". Avatar foi o filme.
Não vou negar que eu, como um fã de filmes de ficção científica, me diverti bastante assistindo a todas aquelas máquinas futurísticas, o seres azuis estranhos e os comentários de desdém para com o filme da minha namorada ao lado. Mas foi só isso. A "novidade" que, particularmente, estragou parte da minha experiência de assistir Avatar, foi o tal recurso 3D, além do filme ser dublado. Dispenso completamente essa nova invenção.
Mais ou menos na metade do filme, eu já estava de saco cheio daqueles óculos e rezando para que trocassem o rolo na sala de projeção por algum outro filme empoeirado que estivesse no canto da sala. Imaginei que tiraria os óculos. Que a imagem ficaria preto e branco. Que eles colocariam Vertigo de Hitchcock. Seven Years Itch de Billy Wilder. Imaginei Humphrey Bogart. Ingrid Bergman. "We'll always have Paris". Um cigarro depois que o filme terminasse. Usar um chapéu. Imaginei tomar um café preto. 1950. Ouvir Black Coffe de Ella Fitzgerald. Um gramofone. E sonhei ter nascido 60 anos atrás, onde nenhum desses recursos 3D, nem grandes efeitos especiais seriam o fator principal para lotar uma sala de cinema.

Clique aqui e acompanhe também as 31 canções de Nathália Maria.

Um comentário:

Nathália. disse...

Se tu comprar uma máquina do tempo, eu vou ganhar cabine especial?
haha
Ella tá muito linda nessa foto!